quarta-feira, 6 de novembro de 2019

O Terramoto de 1755 em "O terramoto de Lisboa"


 O 1º de novembro de 1755, foi provavelmente o fenómeno natural que maior impacto e repercussão teve, a níveis científico e filosófico, na história da humanidade. A filósofa Susan Neiman, em obra publicada em 2001, considera o terramoto e respectivas repercussões como elementos caracterizadores de um período de mudança na história da humanidade, propondo mesmo uma comparação entre esse evento e Auschwitz, em que o primeiro corresponderia ao momento a partir do qual se começou a distinguir o mal natural do mal moral. Na sequência da sua argumentação Neiman considera que "Lisboa chocou o século XVIII de uma maneira que terramotos maiores e mais destrutivos não chocaram o século XX".

No seguimento do Terramoto, grande parte da cidade de Lisboa ficou destruída.
A desordem e anarquia instalaram-se por toda a parte. È neste contexto que emerge a figura de Sebastião José de carvalho e Melo, 1º Ministro de D. José I que , perante tão grande tragédia terá ordenado “ enterrem-se os mortos e cuidem-se dos vivos”. Perante a desgraça e a ruína colectiva surgem grupos de malfeitores que assaltam e pilham o pouco que restou dos lares e locais públicos da capital. Para atenuar tais desvarios a capital é isolada e os habitantes das redondezas são impedidos de entrar na cidade ….. Posteriormente Lisboa iria ser reconstruída com tenacidade e perspectivas de futuro. Surgirá a Lisboa pombalina cujo traçado arquitectónico imitará as mais belas cidades europeias da época.

Os professores: Artur Salgado e Maria José Carvalho



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