"Quando Portugal se tornou independente, os habitantes do novo reino continuaram a usar a língua que já usavam antes. Esta língua não tinha nome e não era particularmente diferente da língua falada na Galiza. Ninguém considerou necessário declarar qual era o idioma do reino. Dizemos hoje que o latim era oficial, mas esse conceito não existia, pelo menos com a definição que lhe damos hoje. O latim era a língua usada, na escrita, por quem escrevia − que eram poucos. O reino expandiu-se para sul e, com ele, veio o idioma. No Sul, falava-se ainda latim hispânico já muito mudado e com muitas influências árabes − a língua a que chamamos hoje moçárabe. A língua do Norte era a língua da corte e dos soldados, da administração. A população acabou por moldar o seu latim a esse outro latim, incrustando-lhe umas pepitas moçárabes. Aquele antigo latim do Norte − a que podemos chamar galécio, galego, portucalense, romance da Galécia ou da Galiza… − ganhou outro sabor, outros sons, algumas outras palavras, um tom ligeiramente diferente ao misturar-se com o latim do Sul, mas não deixou de ser a língua do Noroeste, agora transplantada para Sul, agora falada da Corunha ao Algarve" Saiba mais em 👉👉https://certaspalavras.pt/quem-deu-o-nome-a-nossa-lingua/
Sem comentários:
Enviar um comentário