Sonia e Robert Delaunay viveram mais de um ano em Portugal, durante a Primeira Guerra. Um tempo feliz em que os dois pintores trabalharam com Viana e Amadeo.
Numa casa frente ao mar, com cactos no jardim, tiveram aquilo a que ela chama a “vida sonhada”, trabalhando de manhã à tarde, tranquilamente. Vila do Conde era “um mundo à parte”, feito de “casas brancas, de um branco brilhante”, e de “mulheres hieráticas como formas antigas”. Um mundo que se revelava nos pormenores - das cores dos xailes às “melancias verde-escuras, por dentro vermelho-vivo a desmaiar em rosas”. É esta a memória – a cores - que a pintora Sonia Delaunay guarda da sua chegada a Portugal com o marido, Robert. É pelo menos assim que a regista na autobiografia Nous irons jusqu’au soleil, publicada em 1978, um ano antes da sua morte.
É neste período que intensificam a sua relação – pessoal e de trabalho – com artistas portugueses como Eduardo Viana, Amadeo de Souza-Cardoso, Almada Negreiros e José Pacheco (autor da capa do primeiro número da revista modernista Orpheu), e com o americano Samuel Halpert, hoje pintor esquecido, que acabaria por se tornar seu agente no Estados Unidos.
Saiba mais em 👉👉👉
https://www.publico.pt/2015/11/22/culturaipsilon/noticia/delaunay-1714844
Sem comentários:
Enviar um comentário