Três crianças judias aguardam numa estação de comboio em Londres após viagem no chamado "Kindertransport"
O horror de Auschwitz e do holocausto por quem o escreveu na primeira pessoa: Primo Levi
"Aos 24 anos foi transportado para Auschwitz. Ele e outros seiscentos e cinquenta judeus italianos. Estávamos em fevereiro de 1944. Deles, só vinte sobreviveram — Levi incluído. Quando se viu, enfim, libertado pelo exército soviético, a 27 de janeiro de 1945, ao fim de 11 meses de privação e indignidade humana, Levi havia envelhecido, não 11 meses, mas décadas. Não só fisicamente. Mas serviu-lhe a experiência, de morte, não a sua mas a que testemunhou dia-a-dia à sua frente, todos os dias, a experiência de sobreviver quase miraculosamente — a resiliência fez o resto –, essa experiência-limite permitiu-lhe escrever, por exemplo, “Se Isto é Um Homem” (a trilogía de Auschwitz completa-se com “A Trégua” e “Os que Sucumbem e os que se Salvam”)".
[Texto de Tiago Palma | Observador]
Um acontecimento atroz que deve ser lembrado não só no dia 27 de janeiro, mas todos os dias, uma vez que basta ver/ouvir as notícias para perceber que a memória coletiva é muitas vezes demasiado pequena.
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